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fragmento um: aerodinamicista

martes, 20 de julio de 2010


estaba alí, espalhado como um boneco de vudú, solitário como um filho que vai pra guerra. aaah!!tantas aletas para o meu atleta, tantas brigas com a minha esposa pra vé-lo nesta sala...

Sun Tzu disse:
se na procura de uma solução ao problema aerodinámico encontramos várias soluções, e é destas opções que resultará a individualidade da obra, então podemos definir ao aerodinamicista como um artista...


Mais muitas coisas nada artísticas acontecem muito antes de que o artista sequer saiba que pintará a sua obra, uma dependéncia criativa da qual el se envergonha, mais da cual não pode se rehabilitar. Distância entre-eixos, regulamentos, peso mínimo, dinheiro, requerimentos tecnológicos, possibilidades tecnológicas, limitações tecnológicas, tempo materiais, segurança... ...na hora de chegar as minhas mãos, realmente é precisso ser um artista para saber onde está o meu trabalho: ser um poeta para entender o regulamento, um danzarino para esquivar a falta de dinheiro e tempo, um músico para afinar a as notas de silício e fibra de carbono..aaah! mais o mais belo trabalho e ser um escultor, um entendido na inteligência do vento, o único que poderá decidir o sentido dos vetores lá na saída do carro, quando a 300 km/hr tenha o inimigo á espreita. e tudo terá que estar alí dentro em março, dentro de esse volume.

Nem um leve pensamento pra pintura? porque é disso que nós, fanáticos sedentos, nos alimentamos. Só temos o jogo de sombra e reflexos, que delata a verdadeira forma do corpo, as curvas ambiciosas do desejo.  Não? não, nunca saberemos a verdadeira extenssão da asa dianteira, nem a envergadura daquela aleta de esqualo... só teremos a sequencia interminável de limites que nos fazem suspeitar a obra. A pintura? isso não é o meu campo de trabalho

Aerodinamicistas! deveríam lhes dar uma lata de plastilina, o melhor , uma lata de spray pra graffiti.

Nas lacónicas listas da wikipedia, nos registros das universidades, ou na imaginação doente dos aficionados, há pouco espaço pra escrever os seus nomes. E de sonhos destruidos e de anónimos está feita a outra lista, a dos desastre: Eifelland, Ligies JS5, Zaakspeed, Life... algunos pesadelos também começaram na mesa de desenho.

Por isso o pus alí, solitário como um boneco de vudú, na espera de que o técnico sombrío ascenda o ventilador ciclópeo, e alí veremos como seduz o vento. Veremos ele como um filho que marcha para a guerra, e sólo voltará vivo se ganha uma medalha.

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